História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir:
“Com a democratização, em meados
da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua
condição principal residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que
integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo
critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades
de best-sellers com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos
mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o
povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER,
Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização
brasileira, 2009, p. 28, 29.
Levando em conta essa afirmação e
o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura
contemporânea dos anos 1980, leia as afirmativas a seguir:
I. A temática predominante nesse
período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas
técnicas narrativas.
II. Rubem Fonseca explora os
efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, no gênero policial.
III. Antonio Callado, com a obra Quarup,
tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar.
IV. A busca é de uma poesia mais
reflexiva e intelectualizada, sem se afastar das emoções e das demandas do
mundo.
Estão corretas apenas as
afirmativas:
A I,
II e III
B I,
III e IV
C III
e IV
D I, II
e IV
E II
e III
Questão 2/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a
seguir:
“Licenciado em Medicina na
capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um volume de Poesias
(rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à Europa
(1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-o,
em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí
tinham saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói,
publicada na capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais
brasileiros que haviam feito [dele] seu líder”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:
STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164.
As ideias românticas começaram a
circular no Brasil recém-independente graças às vozes de intelectuais e poetas
radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as atividades desses homens que
marcaram o início do Romantismo no Brasil. Considerando o fragmento acima e os
conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é considerada como marco
inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro:
A Iracema,
de José de Alencar.
B Suspiros
poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.
C Canção
do exílio, de Gonçalves Dias.
D O
Ateneu, de Raul Pompeia.
E Macário,
de Álvares de Azevedo.
Questão 3/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“Kitâb el-Mayytûn,
literalmente Livro dos Mortos, foi o nome árabe empregado pelos violadores das
necrópoles dos faraós para todo rolo de papiro encontrado nas tumbas. Nome
muito genérico evidentemente, pois os papiros tratavam dos mais variados
assuntos, de receituário mágico a contrato de cessão de terras, de projeto
arquitetônico a estudos médicos ou matemáticos.
Este termo foi acolhido no século
passado [séc. XIX] pelos pioneiros das pesquisas de egiptologia e assim
convencionalmente permaneceu, limitado, contudo, à miscelânea de fórmulas,
difundidas no Novo Império [egípcio], voltadas para proteger o defunto contra
os perigos do reino dos mortos, além de ser um texto útil para os vivos”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RACHEWILTZ,
Boris de (introdução, notas e tradução). Il Libro dei Morti degli antichi
egizi. 2ªed. Roma: 2001, p. 11 (trad. autor da questão).
Tendo como referência as
informações mencionadas e a leitura de seu livro-base História da Literatura
Universal, leia as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as
afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) Os egípcios passaram
a comportarem-se temendo o veredito de Anúbis, o deus que apontava quem ia ou
não para Aaru, o paraíso.
II. ( ) Os textos que
integram o que hoje se denomina Livro dos mortos não foram escritos por
um único autor nem são todos da mesma época histórica.
III. ( ) O Livro dos Mortos
continha instruções de como falar, respirar e beber no Além.
IV. ( ) Depois de ser embalsamado
por Anúbis, que entoava cantos para sua ressuscitação, Osíris se tornou senhor
dos mortos.
Agora, marque a sequência
correta:
A V
– F – V – V
B V–
V – V – F
C F – V – V – V
D F
– V – F – V
E F
– F – V – V
Questão 4/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir:
“Anquises acabara de falar; conduz
seu filho, assim como a Sibila, para o meio dos grupos e da multidão
burburinhante [e retoma a palavra:]. ‘Agora te direi que glória aguarda no
provir a raça de Dárdano, que netos de raça itálica te são reservados, almas
ilustres e que devem revestir nosso nome; revelarei teus destinos”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERGILIO. Eneida.
Trad.Tassilo Orpheu Spalding. São Paulo: Cultrix, 2008, p. 127.
A passagem faz parte do sexto
livro da Eneida, de Virgílio. Nessa altura do poema, Eneias está no
mundo dos mortos, onde encontra Anquises, seu pai, que prevê os acontecimentos
futuros do herói. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base História
da Literatura Universal, sobre a obra de Virgílio, é correto afirmar que:
A a
visão de Virgílio é pessimista, já que via com maus olhos o império de Augusto,
sob o qual viveu.
B a
obra de Virgílio retrata de forma detalhada o autoritarismo do governo do
imperador Augusto.
C a
obra de Virgílio se reduz à Eneida, na qual buscou imitar Homero, só que de
forma mais otimista.
D o
sentido de utopia está presente em todas as obras de Virgílio, além de um senso
de justiça e de civismo.
E a
obra de Virgílio está ligada à de Homero por repetir-lhe o espírito bélico da
Ilíada e o estilo rápido e direto.
Questão 5/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“O romântico não teme as demasias
do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a
realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental
que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe
natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que
vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um
esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos
objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História
concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167.
Levando-se em consideração a
citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal
sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale
(V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer
uma análise objetiva da realidade social.
II. ( ) A linguagem rebuscada e
ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam
retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes
científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo
influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento
cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes
percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma
arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma
corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele,
por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência
correta:
A F
– V – V – V – F
B V
– F – F – V – V
C V – F
– V – V – F
D V–
F – V – V – V
E F
– F – V – F – V
Questão 1/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a
seguir:
“[...] Deus disse: ‘Que a terra
verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre
a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A
terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que
dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era
bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da
S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A
Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo:
Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas
inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e
conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram.
Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História
da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é
correto afirmar que:
A Os
temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às
cortes das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
B As
questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a
constituição da literatura e dos gêneros literários.
C A
questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente
nesses textos inaugurais.
D Entre
as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem,
do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
E Os
temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía
nos valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 2/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a
seguir:
“Medeia – [...] De todos os seres
que respiram e pensam, nós outras, as mulheres, somos as mais miseráveis.
Precisamos primeiro comprar muito caro um marido, para depois termos nele um
senhor absoluto da nossa pessoa, segundo flagelo ainda pior que o primeiro.
[...] Para uma mulher abandonar o marido é escandaloso, repudiá-lo impossível.
[...] O homem, dono do lar, sai para distrair-se de seu tédio junto de algum
amigo ou de pessoas de sua idade; mas nós, é preciso não termos olhos a não ser
para eles [...]”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EURÍPIDES.
Medeia. In: ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Prometeu acorrentado; Édipo Rei;
Medeia. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 171.
Autor de tragédias gregas,
Eurípides levou para o palco situações ligadas ao dia a dia da sociedade grega
e à condição da mulher. Entre suas maiores criações estão as personagens
femininas, como Medeia. Considerando o fragmento citado e o livro-base História
da Literatura Universal, o tema central da tragédia Medeia é...
A a
mulher que procura se vingar da cidade de Atenas por ciúmes.
B a mãe
que mata os próprios filhos por ciúmes e ódio ao marido.
C a
escrava que se rebela contra a sua condição de opressão.
D a
mãe que superprotege os filhos em suas aventuras.
E a
mãe que chora a morte dos filhos na guerra.
Questão 3/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“O romântico não teme as demasias
do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a
realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental
que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe
natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que
vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um
esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos
objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos
científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História
concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167.
Levando-se em consideração a
citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal
sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale
(V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer
uma análise objetiva da realidade social.
II. ( ) A linguagem rebuscada e
ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam
retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes
científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo
influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento
cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes
percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma
arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma
corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele,
por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência
correta:
A F – V
– V – V – F
B V – F – F – V – V
C V
– F – V – V – F
D V– F –
V – V – V
E F – F
– V – F – V
Questão 4/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a
seguir:
“A miséria e os miseráveis que
haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de
Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a
própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam
disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo
estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de
Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido
que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897,
as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por
associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas
cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G.
Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras.
In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3.
Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141.
As mudanças ocorridas no final do
século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro,
alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e
cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas
avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a
periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e
a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um
país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira
desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e
no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que
antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de
transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
A Arcadismo,
marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
B Romantismo,
alicerçado na produção de José de Alencar.
C Romantismo,
marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
D Realismo
pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma
literatura de caráter e convenções nacionais.
E Pré-modernismo,
marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial
determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Questão 5/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o poema de Gregório de
Matos:
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Após esta avaliação,
caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATOS, Gregório
de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Cia das Letras,
2010, p. 313
A poesia de Gregório de Matos
alcançou a síntese das duas tendências centrais da poesia barroca em língua
portuguesa: o conceptismo e o cultismo. O primeiro caracteriza-se
pelo desenvolvimento silogístico de uma ideia-chave; e o segundo, pelo uso de
figuras de linguagem que reforçam o plano da expressão. Tendo como referência
os textos e comentários acima, assim como a videoaula e a leitura do livro-base
Literatura Brasileira, leia o poema de Gregório de Matos acima e depois
assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas.
I. ( ) A organização formal do
poema aponta para a dimensão cultista da estética barroca, pois há o uso
deliberado de metáforas (“ovelha desgarrada”), antíteses (ofendido/lisonjeado),
entre outros recursos expressivos.
II. ( ) O ato de contrição
desenvolve-se segundo um raciocínio silogístico sobre o ato de pecar e o pedido
de perdão. Daí a dimensão conceptista do poema.
III. ( ) Na segunda estrofe, o
eu-lírico estabelece a relação de dependência entre pecado e perdão: o pecado
que ofende Jesus é o mesmo pecado que permite o perdão solicitado pelo
eu-lírico.
IV. ( ) A ironia e o jogo entre a
necessidade do pecador existir para que haja a glória de Deus jamais poderia
aparecer em um poema barroco. A contradição não faz parte dessa estética
literária.
Agora, marque a sequência
correta:
A V–
F– V– V
B F–
V– V– V
C V– V– V– F
D F–
V– F– V
E F–
F– V– V